TRANSIÇÃO PARA A NOVA ERA

novaera“Também ouvireis falar de guerra e de rumores de guerra; tratai de não vos perturbardes, porquanto é preciso que estas coisas aconteçam: mas, ainda não será o fim – pois se verá o povo levantar-se contra povo e reino contra reino; e haverá pestes e tremores de terra em diversos lugares – todas essas coisas serão apenas o começo das dores.” (São Mateus, 23:6 a 8).

PERGUNTA: O reinado do bem poderá implantar-se algum dia na Terra?

:RESPOSTA: “O bem reinará na Terra, quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. É pelo progresso moral e pela prática das leis de Deus que o homem atrairá para a Terra os Espíritos bons e afastará os maus.

Estes, porém, só a deixarão quando o homem tiver banido daí o orgulho e o egoísmo”.

PERGUNTA: O que a Doutrina Espírita pode dizer do fim dos tempos, isto é, como ocorrerá a transformação do planeta de provas e expiações para de regeneração?

RESPOSTA: Através da busca da espiritualização, superação das dores e construção de uma nova sociedade, a humanidade caminha para a regeneração das consciências.

(…) Cabe, a cada um, longa e árdua tarefa de ascensão. Trabalho e amor ao próximo com Jesus, este o caminho”.

A mídia tem apresentado, com intensidade, informações sobre episódios dolorosos e preocupantes para as pessoas. Ante inquietudes, incertezas, inseguranças, decepções e o vazio existencial, a Doutrina Espírita tem potencial inesgotável para oferecer respostas, apoio e roteiros seguros. É chegado o momento do Espiritismo cumprir o seu papel:

“(…) o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito (São João, 14:26).”

Na literatura espírita é possível perceber o momento de transição que se vive e captar as orientações que emanam da Espiritualidade, como, por  exemplo, os textos citados abaixo:

Allan Kardec, destaca em A Gênese: “ Dizem-nos de todas as partes que são chegados os tempos marcados por Deus, em que grandes acontecimentos vão dar para regeneração da humanidade”, no que é corroborado por São Luíz, em O Livro dos Espíritos, quando alerta aos homens:

“Aproximai-vos do momento em que se dará a transformação que foi predita e cuja chegada é acelerada por todos os homens que auxiliam o progressso”.

Já em Obras Póstumas, há significativo registro do diálogo do Codificador com o Espírito de Verdade, relacionado com esses avisos:

PERGUNTA: “Os Espíritos disseram que são chegados os tempos em que tais coisas têm de acontecer; em que sentido se devem tomar essas palavras?

RESPOSTA; Em se tratando de coisas de tanta gravidade, que são alguns anos a mais ou a menos? Elas nunca ocorrem bruscamente, como o chispar de um raio; são longamente preparadas por acontecimentos parciais que lhes servem como que de precursores, semelhantes aos rumores surdos que precedem a erupção de um vulcão. Pode-se, pois, dizer que os tempos são chegados, sem que isso signifique que as coisas sucederão amanhã. Significa unicamente que vos achais no período que elas se verificarão.

PERGUNTA: Confirmas o que foi dito, isto é, que não haverá cataclismos?

RESPOSTA: Sem dúvida, não tendes que temer nenhum dilúvio, nem o abrasamento do vosso planeta, nem outros fatos desse gênero, visto que não se pode denominar cataclismos as perturbações locais que se têm produzido em todas as épocas. Apenas haverá um cataclismo de natureza moral,, cujos instrumentos serão os próprios homens”.

No contexto da transição para uma Nova Era, são importantes e pertinentes as idéias sobre a nova geração desenvolvidas por Allan Kardec, em A Gênese:

“A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as idéias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Os homens progressistas descobrirão nas idéias Espíritas, uma poderosa alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens, Espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo (…)

(…) A época atual é de transição; os elementos de duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.

As duas gerações que se sucedem têm idéias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas se inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.

Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e as crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não sê comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.

(…) Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, pois que elas apressarão a eclosão dos novos germens (…)

Esses esclarecimentos poderão levar alguma inquietação às pessoas sobre os destinos de muitos Espíritos, mas jesus, como nosso Mestre e Guia, deixou claro que ninguém ficará desamparado, como explicita na parábola da “Ovelha perdida” (Lucas, 15:1-7).

Fonte:

Revista Reformador, FEB, ano 1128, nº 2.179, out/ 2010, p. 29,30,31.

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